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Parlapatões

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ZÉRÓI

por Raul |24 de setembro de 1995 |0 Comments , , ,

Espetáculo de rua, que estreou em 95, no Parque da Independência, no Ipiranga, em São Paulo para um público estimado em 2 mil pessoas. Com uma estrutura de seis toneladas de material, equipe de 30 pessoas, era como um grande circo sem lona, que ocupava aproximadamente 400 m2.

O divertido resultado significou muito na profissionalização das atividades de produção do grupo.Tinha uma junção de artistas: Cia Nau de Ícaros, que depois geraria La Mínima , Linhas Aéreas,  Rodrigo Matheus( Circo Mínimo), Carla Candiotto, Angela Dip, Vera Abud, Paola Musatti, Marcos Loureiro.

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SARDANAPALO

por Raul |24 de setembro de 1993 |0 Comments , , ,

De Hugo Possolo.

Direção de CARLA CANDIOTTO.

(montagem de 93)

Uma Comédia Dionisíaca

A montagem de 93 de Sardanapalo tem grande importância histórica para os Parlapatões. Além da visibilidade que o grupo passou a ter a partir de sua apresentação na Jornada Sesc de Teatro, que naquele ano era voltada à comédia, muitos elementos de sua pesquisa artística ali se concretizaram.

O texto base para a montagem era uma espécie de escrita em prosa que Hugo Possolo havia feito a partir de uma análise do filósofo Alain Grorichard para a série de encontros realizados pela Funarte, organizado por Adauto Novaes, chamado de O Desejo. Esta versão inicial era mais voltada para a encenação de um espetáculo solo.

Possolo desenvolveu duas outras versões, para três atores, que serviram como base para o trabalho coletivo que ali se consolidava. A versão que estreou na Jornada foi a sexta. Quando este entrou em cartaz, meses depois, já tinha sua oitava versão.
A maior parte dos ensaios eram realizados na rua, em praças e no parque do Ibirapuera, o que as vezes gerava uma audiência espontânea e nem sempre desejada. Mas contribuiu muito pra os Parlapatões mantivessem seus recursos de teatro de rua inseridos em suas apresentações nos espaços fechados.

Esta primeira montagem de Sardanaplo entrou em cartaz em uma sala adaptada do Teatro Paulista (antigo Teatro Mambembe), onde permaneceu um ano e oito meses.

A encenação, após a Jornada Sesc, sofreu radicais alterações em sua cenografia. Antes encenada em palco italiano, agora a peça passou a ser realizada em oito pequenos palcos distribuídos ao redor da sala. O público sentava-se no centro, em cadeiras giratórias e seguia os acontecimentos que variavam de ambiente conforme a cena.

O vínculo com a dramaturgia colaborativa, a junção dos elementos do circo e do teatro de rua, o jeito debochado que se apontava, sem dúvida, alicerçaram o projeto artístico subseqüente do grupo.

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NADA DE NOVO

por Raul |20 de novembro de 1992 |0 Comments , , ,

De todos que produzimos pode se dizer que este é o espetáculo mais mutante dos Parlapatões. E também o que mais sobreviveu no repertório. São doze anos na ativa. Sua forma e formação já foram varias vezes alteradas sem que perdesse seu valor maior, a empatia com o público através de um humor cáustico.

A seguir, encontram-se os textos do programa da peça e um outro tanto de bobagens que foram publicados nos diversos programas que o espetáculo já teve: Em 91, quando começamos os Parlapatões, pesquisamos a origem da comédia sempre trabalhando com o Teatro de Rua e o Circo.
Nada de Novo com todas suas brincadeiras e suas características de teatro de variedades, de espetáculo de cabaré, traz consigo todos os princípios que sempre impulsionaram nosso jeito de criar, mesmo que nossos espetáculos sejam diferentes uns dos outros, com linguagens diferentes entre si.
Ao mesmo tempo que preparávamos números de circo absolutamente tradicionais, resgatando a milenar arte dos saltimbancos, nos dedicávamos também à obra de grandes comediantes como Karl Valentin, Groucho Marx, Três Patetas, Trapalhões, Jêrome Savary, Monty Phyton, Dario Fo, Piolim, Arrelia, Gordo e o Magro e por aí afora. Juntas, essas formas de expressão, que sempre inovaram nosso repertório, se integravam.
Esta é uma das razões de estarmos sempre colocando um número novo no repertório ou mesmo alterando a ordem da apresentação.
Além de estimulante e arriscado, este foi e é o caminho de uma linguagem que aponta o estilo de um grupo.
E será sempre um desafio constante.
Não interessa se vamos cair do trapézio ou mudar o roteiro minutos antes de começar.
Para isso, há redes de proteção.
O grande prazer é poder compartilhar esse momento com o público.
É entregar-se a essa aproximação para cumprir a nossa missão de artistas.
Tudo em nome de um desafio ainda maior, fazer de nosso humor ácido um motivo para falar da solidão humana e transformar um instante de diversão, um segundo de cena, por menor ou mais frágil que pareça, em uma reflexão agradável sobre nossas vidas.