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Parlapatões

FESTIVAL DO MINUTO URUGUAI

por Raul |24 de setembro de 2018 |0 Comments , , , , ,

Essa fantástica experiência foi repetida, agora no Uruguai, com textos de dramaturgos de lá, e também alguns selecionados do Brasil.

  • ATÉ QUE DEUS É UM VENTILADOR DE TETO
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ATÉ QUE DEUS É UM VENTILADOR DE TETO

por Raul |27 de outubro de 2015 |0 Comments , , ,

De Hugo Possolo
Direção Pedro Granato

Os fundadores dos Parlapatões encenam texto inédito de Hugo Possolo (indicado ao Prêmio Shell 2013 como melhor autor por Eu Cão Eu) que mergulha de maneira metafísica na crise de um homem de meia idade

Escrito especialmente para o Dramamix, das Satyrianas 2014, Até que deus é um ventilador de teto segue a mesma vertente dramatúrgica onde realidade e imaginação se mesclam sem distinção nas ações das personagens. Para a montagem, os Parlapatões convidaram o diretor Pedro Granato buscando uma linguagem intensa e contemporânea, que possa colocar a poesia do texto para dialogar com o público, trazendo uma plasticidade que revele os incômodos e prisões cotidianas de uma pessoa de classe média de uma grande cidade.

Até que deus é um ventilador de teto conta a história de um jornalista de cinquenta anos, um redator, que de dentro de seu carro imagina que um velho senhor, vendedor de balas no semáforo, possa ser um deus que desceu à terra para observar a vida dos homens. Ele é sequestrado e tem como vigia o tal velho que já conhecia da rua. Suas reflexões revelam a relação deste homem com o mundo, com sua mulher e seu filho.

Pedro Granato acredita que “esse homem, cansado de tantas relações virtuais e do esvaziamento de sentido da vida, é catapultado para reflexões metafísicas que misturam o risco da vida real com delírios de sua cabeça”. Por isso, sua encenação coloca “o homem cercado em um pequeno aquário que representa todos os espaços em que vive confinado: sua mesa no escritório, seu carro com ar condicionado e sua lanchonete de costume”.

Já o misterioso velho, em sua tarefa de vigiar e aguardar ordens, desmistifica o tempo todo aquilo que o homem imagina, trazendo certo humor negro à relação entre eles. Revela uma total descrença com a vida e coloca o homem em pânico diante de sua falta de esperança.

Para Possolo “a situação leva o homem a ponderar sobre seus excessos e a redimensionar sua vida até aquele momento. Fisgado pelo trabalho maçante ele perdeu a conexão com sua família. Preso em uma grande sala, que ele supõe ter sido uma igreja evangélica ou refeitório de uma escola, ele percebe que seus valores mudaram, que seus sonhos se transformaram e que suas expectativas foram jogadas sobre seu filho”, afirma o autor e ator.

Até que deus é um ventilador de teto trata com humor a crise de um homem que se vê tomado por compromissos e vivendo uma situação limite de perigo e que pode colocar a sua vida em perspectiva. A encenação foge do descritivo e abre espaço para o poder simbólico das imagens. O texto gira em torno de como o medo integra a vida dos brasileiros que, cercados pela violência e todo o imaginário que ela carrega, mudam suas relações, gerando preconceitos e dificultando aproximações mais humanas.

A direção de Pedro Granato pretende trazer, por meio de efeitos de luz e sonoplastia que interagem com a cena, uma interpretação que coloque os Parlapatões, Hugo Possolo e Raul Barretto, no limiar do drama e do humor negro que o texto aponta, flertando com uma desconstrução, que foge do naturalismo, para revelar a alma das duas personagens.

A iluminação de Aline Santini trabalha o isolamento da personagem em contradição com o imenso espaço que vai encontrar em seu cativeiro, buscando também jogar com os signos urbanos que nos sufocam diariamente, com os matizes de cores e a pulsação de um semáforo.

A trilha de Raul Teixeira busca trabalhar os respiros da cena, como uma pontuação minimalista das emoções que transitam e das imagens criadas pelo homem que faz reflexões diante de seu desespero.

A cenografia de Diego Dac e Saulo Santos, do Ateliê Russo, deixa o homem ficar preso a uma cadeira, um aquário que é, ao mesmo tempo, seu carro, escritório e cativeiro, por onde o velho circula com liberdade e poder. Uma leitura crua sobre a maneira como a classe média lida com seu medo da violência urbana.

Se equilibrando entre emoção, humor, absurdo e reflexão os Parlapatões dão mais um passo em sua pesquisa artística para trazer dilemas dos dias de hoje ao palco.

O texto inédito de Hugo Possolo encontra na encenação de Pedro Granato espaços para serem completados pela plateia com imagens fortes e sintéticas.

Um espetáculo onde até deus pode ser um ventilador de teto.

Texto de Hugo Possolo, direção Pedro Granato

  • OS MEQUETREFE
  • OS MEQUETREFE
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  • OS MEQUETREFE
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OS MEQUETREFE

por Raul |18 de outubro de 2015 |0 Comments , , ,

http://youtu.be/miZ06jUdtNQ

Com roteiro de Hugo Possolo e direção de Alvaro Assad, a nova montagem dos Parlapatões, traz quatro palhaços vivendo um dia de total nonsense.

A inspiração de Os Mequeterefe foi a obra do inglês Edward Lear, ilustrador e poeta inglês, que criou o termo nonsense. Os Parlapatões convidaram o diretor Alvaro Assad, da carioca Cia. Etc e Tal e que dirigiu A Noite dos Palhaços Mudos (Cia. La Mínima) para dirigir o roteiro elaborado por Hugo Possolo, visando promover um intercâmbio artístico entre dois grupos que trabalham o cômico em vertentes diferentes, a mímica e a palhaçaria.

Em Os Mequetrefe quatro palhaços que, não por acaso, se chamam Dias, vivem a jornada de um longo e divertido dia. Do despertar à hora de ir dormir, revelam como a desconstrução da lógica cotidiana pode abrir espaço para outras maneiras de encarar a vida. Vivendo situações bem comuns esses cidadãos nada comuns provocam uma série de confusões tão hilárias quanto poéticas.

Da maneira como acordam, passando pelo jeito como se vestem para ir trabalhar, eles encaram essa aventura através do dia de maneira cômica. Depois de acordar, os Dias pegam o ônibus, que irá se transformar em tudo que pode levar gente, seja navio ou trem, para simplesmente irem ao trabalho, e assim manipulam objetos de cena de maneira lúdica, sempre carregados de um humor provocativo. Seja no trabalho, onde todos seus colegas são seres absolutamente estranhos, ou seja, no final do dia, quando a televisão despeja imagens violentas sobre todos, esses palhaços retiram de suas hipérboles sua comicidade e seu lirismo.

As poesias e pinturas de Edward Lear, criador da expressão em seu Livro do Nonsense, bem como características visuais e verbais do Futurismo e do Dadaísmo, levou a pesquisa do grupo redimensionar os elementos da palhaçaria visando criar cenas onde a desconstrução da lógica, já presente da essência dos palhaços, pudesse ganhar dimensão lírica. Para o diretor Alvaro Assad “Os Mequetrefe vai além de seu ponto de partida de reunindo palhaços em torno do nonsense, para ganhar outra potência, afinal busca na desconstrução da lógica uma visão com a qual o público se identifique”.

Nos dicionários Mequetrefe é definido um insulto a uma pessoa e seu significado pode ser utilizado de três maneiras distintas: intrometido, trapaceiro ou sem importância. Para Hugo Possolo “esses três sentidos estão presentes em tudo que vivenciam os Dias, esses quatro palhaços que no fundo somos nós, os cidadãos, nos deparando com os absurdos do dia-a-dia.”

Os figurinos evitam a caracterização dos palhaços clássicos para se voltar aos arquétipos da loucura, onde  cada Dias tem sua especificidade e utilizam detalhes tão inúteis quanto deslocados da realidade. Assim como a cenografia que se apresenta como parte da narrativa, onde os elementos cotidianos se transformam constante pela leitura absurda que os palhaços lhes aplicam. A trilha sonora de Raul Teixeira mescla as referências mais típicas da arte da palhaçaria com uma sonoridade exótica que desconstrói a narrativa para apontar novas trajetórias à aventura. A iluminação de Assad e Reynaldo Thomaz marca a diferença entre os ambientes reais e os fantásticos nos quais os palhaços penetram a cada nova etapa da aventura.

Os Mequetrefe foi contemplado com o Prêmio Zé Renato, da Secretaria Municipal de Cultura. Sua estreia é no dia 18 de outubro, domingo, às 17h, no Espaço Parlapatões, com  ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Faz temporada aos sábados e domingos, às 17h e às terças às 21h. O espetáculo busca mostrar a amplitude da linguagem dos palhaços voltado a todas as idades, por isso transita entre o horário mais tradicionalmente utilizado para o público infantil, sábados e domingos à tarde, bem como também tem sessão noturna, às terças. Para os Parlapatões esse é um ponto importante de uma temporada que busca desmitificar a falsa ideia de que a palhaçaria é feita apenas para crianças. Definitivamente é um espetáculo para todas as idades.

Roteiro de Hugo Possolo e Alvaro Assad. Direção de Álvaro Assad

  • PARLAPATÕES REVISTAM ANGELI
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PARLAPATÕES REVISTAM ANGELI

por Raul |24 de setembro de 2013 |0 Comments , , ,

Os Parlapatões, com seus 22 anos de estrada, cruzam as influências desse artista, que coincide com seu humor direto e irreverente, criando um espetáculo vivo, alegre e crítico, fazendo uma festa com a alma ácida e divertida do homenageado.Trilha rock and Roll de Branco Mello e Emerson Villani, e as imagens e o traço maravilhoso do ANGELI, projetado em grandes dimensões.

Texto e direção de Hugo Possolo

  • O BURGUÊS FIDALGO
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O BURGUÊS FIDALGO

por Raul |3 de agosto de 2013 |0 Comments , , ,

Enfim, uma encenação do grande Moliére, festiva e alegre com a visão crítica e provocativa do humor parlapatônico.
O prazer de fazer 2 mulheres: Madame Jourdain e mais uma aparição relâmpago de uma anãzinha.

De Molière. Direção de Hugo Possolo

FESTIVAL DO MINUTO PORTUGAL

por Raul |2 de maio de 2013 |0 Comments , , ,

Privilégio total podermos nos apresentar no icônico TEATRO DO  CHAPITÔ, com uma maravilhosa vista para o Tejo.

  • NÓIS OTÁRIOS[s]
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NÓIS OTÁRIOS[s]

por Raul |16 de junho de 2012 |0 Comments , , ,

Nóis otários[s] é uma peça, de narrativa anárquica, que discute a corrupção do Brasil, por meio de hipérboles e situações cômicas insólitas. O texto inédito do parlapatão Hugo Possolo, além da encenação, será publicado pela editora Giostri, em lançamento conjunto com a estreia da peça.

A peça narra a vida de Luiz Carlos, o maior otário da história, que se vê envolvido num grande imbróglio, que envolve o importante senador Laudemar do Espírito Santo. Por causa das confusões feitas entre o assessor do senador, um agente federal e o presidente de uma ONG, Luiz Carlos acaba se tornando responsável pela instalação de uma CPI.

Para o autor e diretor, Hugo Possolo “a peça não se limita a ideia de denúncia, mesmo porque todas as situações estão presentes nos jornais diariamente, mas aborda o quanto a política brasileira traz de elementos tão absurdos que fariam qualquer Beckett ou Kafka ficarem envergonhados!…”

Nóis otários[s] não é exatamente uma comédia. Possolo a define como uma subcomédia feita mais para o riso de indignação do que para a gargalhada de aceitação. Também a define como uma peça de autoengano, como uma resposta ácida ao individualismo presente nas obras de autoajuda. Texto e encenação são arquitetados para gerar uma certa confusão da mente dos espectadores, no sentido de revelar o quanto nós, brasileiros, nos permitimos ser enganados, fingindo a felicidade de viver em um país emergente.

Embora aborde o jogo político, a peça relata como o individualismo e a hipocrisia norteiam certas decisões, o que revela como a manipulação criada estrategicamente se confunde com atitudes displicentes que fazem o país viver suas enormes contradições.

O uso de imagens em vídeo em Nóis Otário[s] retrata como as informações são manipuladas antes que cheguem a público. O vídeo também é importante componente cenográfico, criando ambientes para as várias versões de um mesmo fato.

A intensidade da atuação se alia ao jogo de humor dos atores dos Parlapatões para construir uma trama, que beira o suspense, onde a ironia mostra sua função cômica. A complexidade do ser humano é abordada em todos personagens, tanto para evitar caricaturas quanto para inseri-los no contexto de uma realidade contemporânea. A dualidade de cada um dos personagens pretende tirar o público da cômoda situação de aceitar um lado bom e outro mau da história, para jogá-lo de frente com seus próprios preconceitos.

Nóis otários[s] é uma provocação dos Parlapatões. Para que a imaginação do público se volte para a contradição de vivermos em um país cuja sensação de bem estar e perspectiva de futuro farto navegam sobre atitudes acríticas e comportamentos alienados, que facilitam a longa colheita dos corruptos.

  • RIDÍCULOS, AINDA E SEMPRE
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RIDÍCULOS, AINDA E SEMPRE

por Raul |11 de setembro de 2011 |0 Comments , , , ,

Texto de Daniil Kharrms. Direção de Hugo Possolo.

Integra a Mostra Sesc de Artes

  • FESTIVAL DO MINUTO II
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FESTIVAL DO MINUTO II

por Raul |4 de novembro de 2010 |0 Comments , ,
  • PARAPAPÁ – CIRCO MUSICAL
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PARAPAPÁ – CIRCO MUSICAL

por Raul |17 de abril de 2010 |0 Comments , , ,

Texto de Hugo Possolo.

Direção Hugo Possolo e Henrique Stroeter